Crítica – Ganhei esse livro de aniversário depois de muito refletir sobre o que pedir. Queria alguma coisa diferente e, pensando bem, nunca havia lido muito sobre esses “seres sobrenaturais” muito curiosos que sempre gostei : as bruxas. Após uma pesquisa elaborada sobre os vários livros que as envolviam, achei a série As Bruxas Mayfair, da minha escritora queridinha – por conta do livro Entrevista com o Vampiro -, Anne Rice. A série é, na verdade, dividida em quatro livros, sendo que os dois primeiros são independentes dos dois seguintes e, além disso, A Hora das Bruxas é como um único livro, sendo dividido em dois volumes. O interessante é que a história se desenrola em duas linhas : os arquivos extensos do Tamalasca sobre a família Mayfair ( passado ) e a jornada de Michael Cury, Rowan e os dias finais de Deirdre ( presente ). Só na segunda parte os segredos são revelados – os quais tínhamos de deduzir na primeira parte -, entretanto, ao final do livro, são interrompidos, continuando, provavelmente, no segundo tomo. A leitura é muito detalhada e, principalmente, a parte do arquivo das Bruxas Mayfair, cansativo, pois apresenta muitos detalhes. Em meio a várias páginas de extensas linhas, somos inseridos nesse mundo de magia, mistério, segredos, maldições, fugas e perseguições que extrapolam do que conhecimento normal de qualquer um.
Resenha – Começamos bem no escuro, conhecendo, aos poucos, os habitantes atuais da casa da família Mayfair, em First Street, Nova Orleans. É evidente que algo estranho acontece naquela casa, que uma assombração a habita, protegendo Deirdre. Os blocos mudam de personagem, mostrando também a filha desta última, Rowan, que não conhece a mãe, pessoas que conviveram com Deidre e Michael Curry, arquiteto que, após se afogar, volta a vida podendo “ler” as coisas com o toque.
A partir daí, se desenvolvem várias tramas. A do passado, no qual Deirdre luta contra a existência e paixão da entidade sobrenatural, assim como sua parenta, a ácida Carlota; a de Rowan, que, por mais que deseje saber mais sobre sua verdadeira família e seus poderes sobrenaturais, mas é impedida pela promessa que fez à mãe de não procurar nada sobre seus pais verdadeiros; e, por fim, a de Michael Curry, que se afoga e volta da morte com o dom de tocar o objeto e ver coisas a partir do mesmo, além de ter visões que lhe mostram que foi trazido de volta por algum motivo.
O auge da história é quando Deirdre morre e Michael parte para Nova Orleans. O que deve fazer está ligado com a casa em First Street. Ele é abordado pelo inglês Aaron, integrante do Tamalasca, uma instituição formada por pessoas com poderes extra-sensoriais que procura várias coisas com relação à família Mayfair. O inglês insiste que ele leia um extenso artigo que a organização fez. Rowan, por sua vez, está vindo a Nova Orleans para o enterro de sua mãe.
Nesse ponto, somos inseridos na história da família Mayfair, desde suas raízes na Irlanda. Em meio a incestos, bruxas poderosas, entidades maléficas e uma família sempre bem humorada ao redor de tudo aquilo, conhecemos mais sobre as bruxas Mayfair e seus mistérios.
Eu simplesmente adoro essa história.
Tem uma trama muito boa, vários personagens interessantes, bastante mistério, e eu gostei bastante da narrativa, dividida entre os relatos do Talamasca e a própria narrativa da história mesmo.
Só não li o último livro dessa série, Taltos.
Também há um ponto aonde as duas histórias da Anne Rice se encontram. A história dos vampiros, principalmente Lestat, e as bruxas Mayfair. Mas ainda não cheguei lá.
Não sei se começa na fazenda Blackwood ou Merrick, mas sei que acaba em Cânticos de Sangue.
Ótima resenha!
Beijos
Sim, a trama é ótima. Anne Rice descreve tudo tao bem. Fico ainda extasiado com a maneira que ela tem de nao deixar nada faltando e criar histórias, tramas e explicacoes tao boas e realistas mesmo para personagens que, aos olhos do leitor, parecem menores.
Estou partindo para o segundo e dependendo do final,continuo lendo. Crônicas Vampirescas está meio impacado. Quem sabe, no meio das minhas leituras, nao intercalo os dois, já que eles se combinam. Ao que ouvi, em Merrick o vampiro entrevistador – esqueci o nome dele agora, é o do primeiro livro, que entrevista o Louis – se apaixona por uma bruxa. Anne Rice é o máximo rs Mal posso esperar para comecar a saga de anjos dela, que venha Cancoes de Seraphin !
Obrigado e Beijos,
Victor